sábado, 6 de junho de 2009

O diário da Tua Ausência



" (...) a tranquilidade daqueles que aprenderam a viver com os seus medos e dou graças à vida por me ter mostrado o lugar onde pertenço. "

" O passado, por mais triste que seja, é sempre muito mais seguro que o presente, porque o conhecemos. "

" Telefonei-te num domingo à noite, depois de ter ido ao cinema com alguns dos meus amigos mais queridos; o Gonçalo e o Miguel, também os melhores amigos do teu irmão, essa deliciosa e abençoada segunda família que vamos formando ao longo da vida e que se chamam amigos. É junto deles que me refugio e consigo esquecer durante algumas horas a tristeza de já não falarmos com frequência, de já não trocarmos mensagens, de se ter perdido aquele sentimento de esperança que reinava à nossa volta como um manto protector e que o tempo, o silêncio, o medo e distância vão dissipando, como um lençol ao vento que, depois de terem passado por ele as estações do ano, se vai desfiando, comido pelo sol, pela chuva, pela erosão do tempo. "



Pequenas passagens do livro.